sábado, 20 de fevereiro de 2016

A NOVA ALIANÇA




A  NOVA  ALIANÇA





Jesus, quando instituiu a Nova Aliança durante a celebração da última páscoa, juntamente com  os seus apóstolos, trouxe uma radical mudança no ritual dessa cerimônia, abolindo as ofertas sacrificiais de animais; substituindo a tradição da então “Antiga Aliança”.


Hebreus 10: 4ª7

4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.
5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste;
6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado,
7 Então, eu lhe disse: Eis aqui estou [no rolo do livro está escrito a meu respeito], para fazer, ó Deus, a tua vontade.



Jesus a si mesmo, voluntariamente se ofereceu como sacrifício, para remir o homem da sentença de morte eterna, que ele por si mesmo se condenou.



Mateus 26:39

39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.



Jesus consagrando diante de Deus os elementos: pão e vinho, simbolizando o seu corpo e o seu sangue ofertado na cruz do Calvário, como o cordeiro pascal, para a remissão do pecado de todos quantos o receberem.



João 1:12

12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;



Nesta Nova Aliança, instituída pelo próprio Jesus naquele memorável início de dia, quando se comemorava a pascoa, Ele deixou evidenciada duas decisões importantes:



1ª) Ficava totalmente invalidado o sacrifício de animais, bem como toda a liturgia  do cerimonial da Antiga Aliança.



2ª) Estabelecia-se um memorial solene para a celebração da Ceia do Senhor; rememorando o seu sacrifício no Calvário, até a sua volta.



1ª Coríntios 11:23ª25

23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei, que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão,
24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; Fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.




SANTA  CEIA



Porque Jesus escolheu os elementos: pão e vinho para a celebração da Nova Aliança.
Façamos uma analogia para entendermos como o pão e o vinho nos chega à mesa, e descobriremos qual foi o percurso de Jesus para passar pelo processo de panificação e vinicultura e identificar-se com esses elementos, o pão e o vinho. Notamos que foram produtos produzidos pela terra em seu reino vegetal, que serviram de ingredientes para a elaboração de tais elementos. O pão e o vinho conhecidos desde os primórdios por todo o mundo, estarão, com certeza, em toda celebração da Santa Ceia. Este cerimonial deve se repetir até a nossa redenção, ocasião do arrebatamento da igreja.



O Pão, resultado de um processo rudimentar de panificação com início no plantio do trigo.



Preparo do solo:



O plantio começa com a aragem da terra, observando as condições hídricas e climáticas da região, fazendo sulcos com dimensões apropriadas para receber as sementes; o manejo da lavoura deve receber cuidados até a época da colheita.



João 3:16

16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.



A semeadura do trigo:



A terra preparada recebe as sementes, uma vez espalhadas  sobre o terreno é sepultada, e a partir daí começam a germinar, rompe a terra e vão crescendo como o capim.



Lucas 8: 5 a 8

5 Eis que o semeador saiu a semear.
E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
6 Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade.
7 Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com elas, a sufocaram.
8 Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cem por um.
Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.



João 12:24

24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.



Jesus foi sepultado e ressurgiu ao terceiro dia, o resultado da sua obra redentora depende somente da qualidade do sólo onde foi semeado.  



Colheita do trigo:



Quando a seara se apresenta amarelada em suas pontas é porque o trigo já está maturado e chegou o momento da sua colheita, pois o seu caule já se encontra quebradiço e fragilizado e o próprio vento poderá derruba-lo; então passa a foice sobre a sua raiz, próximo ao solo.



Marcos 4:28,29

28 A terra ´por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga.
29 E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.



Secagem do trigo:



Amarram-se os feixes, que possam ser abraçados e transporta-os amontoando em eiras, para o terreno apropriado para a secagem natural, ao sól. Onde ficou exposto a vergonha e ignomínia!



Mateus 27:2

2 e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.



Isaias 53:3

3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.



Debulha do trigo:



Espalha-se o trigo sobre o terreiro e faz passar sobre ele uma prancha de madeira arrastada em círculos por um animal. Quando não se dispõe de um animal, os homens malham o trigo desferindo golpes de vara sobre eles, para separar os grãos da palha.



Mateus 27:26,29 a 31

26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

29 tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!
30 E, cuspindo nele, tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça.
31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado.



Separando o joio do trigo:



Após o procedimento anterior, dá-se o início a seleção do grão, fazendo a primeira separação do grão e da palha, jogando os para cima com uma espécie de garfo para que o vento faça a seleção natural; nesta fase o joio é também descartado, uma vez que ele é só palha vazia, não tem grão.



Mateus 13:30

30 Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.



Peneiramento do trigo:

A purificação dos grãos agora é minuciosa, pois toda impureza deve ser retida nesse crivo, passando apenas o grão seletivo para a moagem.

Hebreus 5:7 a 9

7 Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade,
8 embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu
9 e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,



Moagem do Trigo:



Num moinho rudimentar, de pedras, onde uma pedra circular arrastada por um animal se desloca girando ao redor de um eixo centralizado em uma segunda pedra  plana, assentada sobre o solo, realizando destarte a moagem dos grãos do trigo até reduzi-los a farinha. As mulheres também costumavam triturar o trigo em vasilhas de pedra, apiloando os grãos até transforma-los em farinha. Esse processo era utilizado para pequenas quantidades de farinha.



Isaias 53: 5a,10

5a Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;

10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.



O pão ázimo:



Com a obtenção da farinha do trigo, dava-se o início do processo de panificação: Toma-se a farinha e acrescenta a ela o azeite, a água, o sal e o alecrim,  com exceção do fermento por ser ele um elemento de contaminação, sova a mistura até se obter uma massa consistente e de textura leve e macia, a seguir abre-se a massa, com um rolo, no formato circular e de pequena espessura e assa sobre o borralho (Cinza quente com fagulhas de brasas vivas) Temos então o pão, qual o conhecemos à mesa; elemento escolhido por Jesus para representar o seu corpo, repartido entre os participantes da Santa Ceia, reiterando o seu voto de permanecer em unicidade ao corpo de Cristo (Igreja) até que Ele venha !



1ª Coríntios 11:26

26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.



Filipenses 2:6ª8

6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.




O Vinho,

Produto obtido do processamento do fruto da videira, a conhecida e saborosa uva. 



Plantio da vide:

Como toda cultura, o importante é a escolha do tipo de solo a ser cultivado, e para vinicultura é importante um tipo de terreno  preferencialmente escarpado para evitar o acúmulo de agua na raiz do parreiral. A plantação de uva ocorre através de mudas enterradas cuidadosamente ao solo.



João 16:28

28 Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai.



Colheita das uvas:

Quando os frutos estiverem maduros, e isso é possível saber experimentando alguns deles que deverão apresentar um sabor adocicado e agradável; atualmente o grau "brix" é medido através do refratômetro digital, nas uvas entre 16 e 18 bx. Cortam-se os cachos com uma tesoura de podar, colocando-os em um cesto para serem transportados ao lagar.



Extraindo o mosto:

Para este procedimento debulhamos as uvas dos cachos e as colocamos no lagar, local em formato de um tanque, para serem pisoteadas a fim de soltarem-se das cascas e das sementes, extraindo assim o seu néctar, também chamado de mosto.


Isaias 53:5b

5b o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados



Jesus foi espezinhado pelos homens, o Criador pisoteado pela criatura. Dentre todas as religiões, o único Criador a ajoelhar-se diante da sua criatura e lavar os seus pés!



João 13:4,5

4 Levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela.
5 Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.



Decantação do mosto:

Decorridos vinte e quatro horas do esmagamento das uvas, as cascas emergem sobre o mosto e deverão ser misturadas a ele duas vezes ao dia, durante três dias; passado este período a mistura permanece em repouso por mais dois dias.



Lucas 24:6,7

6 Ele não está aqui, mas ressuscitou.
Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galileia,
7 quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.


Filtragem do mosto:

Nesta fase o mosto é coado, para separá-lo das cascas, das sementes e demais resíduos; adiciona-se a ele uma porção de açúcar, em conformidade com o tipo de vinho desejado: seco, suave ou licoroso.



Levítico 2:11

11 Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes ao Senhor, se fará com fermento; porque de nenhum fermento e de mel nenhum queimareis por oferta ao

Senhor.



Fermentação do vinho:

O vinho, então, entra em processo de fermentação por quarenta dias, eliminando espontaneamente todo gás carbônico proveniente da própria fermentação; e através de um sistema de vasos comunicantes o gás é eliminado sem que haja a comunicação de retorno, contaminando o vinho.



1ª Coríntios 15:44

44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Envaze do vinho:

Após haver expurgado todo fermento juntamente com o gás carbônico, o vinho é novamente filtrado para o seu envasamento, em odres, vasilhas de couro de animais (bode), para o seu transporte e comercialização.



Mateus 4:1,2

1 A seguir, foi Jesus levado pelo Espirito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.
2 E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.



O Diabo conhecendo, e bem, as áreas de vulnerabilidade da natureza humana em ceder ao pecado; investiu-se contra Jesus num momento que o julgou fragilizado; tentando-o na concupiscência da carne, depois tentou Jesus a respeito da soberba da vida e finalmente na concupiscência dos olhos. Foi frustrado em todas as suas investidas; Jesus, no deserto incorporou o Espírito Santo e estava totalmente imunizado contra qualquer artimanha luciferiana.
Na celebração da Ceia do Senhor, Jesus se valeu dos mesmos ingredientes utilizados na oferta de manjares como no Antigo Testamento; somente o cordeiro não foi sacrificado, pois ele, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, estava presente durante a celebração; para que logo a seguir fosse então sacrificado na cruz do Calvário.



Números 15:6,7

6 Para cada carneiro prepararás uma oferta de manjares de duas décimas de um efa de flor de farinha, misturada com a terça parte de um him de azeite;
7 e de vinho para a libação oferecerás a terça parte de um him ao Senhor, em aroma agradável.


1ª Coríntios 11:27,28

27 Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.
28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice;


O SENHOR "DINHEIRO""






SUMÁRIO:

PREFÁCIO

O SENHOR DINHEIRO

DEUS & MAMOM

DINHEIRO: BENÇÃO OU MALDIÇÃO ?

FAMÍLIA  X  DINHEIRO

RIQUEZA X PROSPERIDADE

CONCLUSÃO

ORAÇÃO




PREFÁCIO



Na geração “Y”, onde tudo é lícito, mas nem tudo convém, como diz o apóstolo São Paulo; o dinheiro sobrepuja todas as demais coisas, e nós em virtude das nossas concupiscências o constituímos soberano sobre nossas vidas, por outro lado o poder judiciário, pressionado por segmento da sociedade, legaliza a iniquidade.
A cobiça, a ganância, a avareza, o individualismo, o preconceito e a inveja, tem animosamente nos envolvido  num cobertor de dinheiro, que enganosamente nos proporciona uma zona de conforto e proteção.
A sociedade obriga as pessoas a saírem do armário, ou seja: revelarem publicamente a sua verdadeira identidade, sem pudor algum, quer seja quanto ao gênero humano, ou naquilo que melhor caracterize a sua personalidade. O indivíduo é aquilatado pelos bens patrimoniais que possui, e não por aquilo que ele realmente é!  
A imoralidade e a índole do mau caráter, deixaram de ser parâmetro de avaliação do ser humano, infelizmente!
O dinheiro se tornou alvo de idolatria e veneração, e para muitos um poderoso deus da prosperidade.
Há quem faça tudo ou qualquer coisa pelo dinheiro, haja vista o escândalo que envergonha o nosso país; Homens doutos, chefes de família, privilegiados socialmente, líderes nos altos escalões do serviço público; enchafurdados na lama putrefata da corrupção. Despojaram-se da honra do próprio nome e do nome da sua família, jogando tudo no fétido e repugnante lixo social, tornando-se escória da sociedade; em troca do maldito dinheiro, nesse caso para sua própria maldição e consequentemente de toda a sua  família e de toda a sua posteridade.





O SENHOR DINHEIRO



O dinheiro, recurso necessário para se adquirir tudo, relacionado a sustentabilidade da natureza humana,  tornou-se o deus do provisionamento, o qual o Senhor Jesus o chamou de Mamom, no aramaico, riqueza.
Os homens, têm buscado avidamente, conquistar através de árduos trabalhos, até os inescrupulosos, posições de proeminência social, sustentada pela sua riqueza em dinheiro e bens patrimoniais.
Existe uma doutrina religiosa que atribui aos seus “santos” encargos específicos de apadrinhamento às pessoas com enfrentamento de dificuldades em certas áreas de suas vidas, como por exemplo: endividamento, pobreza, doença, encarceramento, também aos profissionais como: motoristas, marceneiros, navegadores, etc.; até mesmo os afortunados tem a sua protetora, que não é uma “santa”, mas uma deusa chamada “Riqueza”.
Quando o dinheiro é priorizado em nossas vidas ele assuma a postura de um senhor, então passamos a servi-lo como nosso soberano; o dinheiro deve estar sob o nosso domínio e ao nosso serviço e não nós a serviço do dinheiro e escravizados ao seu senhorio.



Lucas 12:16ª21



16 E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos ?
18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será ?
21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.

DEUS & MAMOM

O dinheiro, na verdade compra muitas coisas, mas não compra tudo; há um adágio popular que equivocadamente diz: “todo homem tem o seu preço”, sabemos sobejamente que preço e valor são coisas diferentes: o preço é pago em dinheiro, o valor não tem dinheiro que pague; embora saibamos que tem homens com preço e muitos outros com valores! Costumo dizer: os homens que se vendem por dinheiro, são comprados por muito mais do que realmente valem, por mais irrisória que seja a quantia, pois não valem nada! São como Esaú, que trocou toda a sua reputação por um prato de comida; por isso é que se diz no meio empresarial: “não existe almoço de graça”.



Provérbios 28:21

21 Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará.


Façamos uma analogia dos comentários que virão a seguir; para dar rumo as decisões que temos tomado em nossas vidas no que diz respeito ao nosso Deus e ao nosso dinheiro:
Certa ocasião, um jovem muito rico abordou a Jesus e lhe fez a seguinte pergunta: Bom Mestre,  que farei para herdar a vida eterna ? E Jesus lhe respondeu, você deve observar os mandamentos de Deus; o jovem então disse: isso eu já faço desde a adolescência, o que mais falta? Então Jesus lhe disse: Vai vende o que tens, dá aos  pobres e segue-me. Essa resposta fez descair o semblante do jovem, pois era proprietário de muitos bens e o seu coração se deleitava neles, e Jesus queria que o jovem se desapegasse deles e liberasse o seu coração para Deus; Entretanto o dinheiro (Mamon) mais uma vez falou mais alto!) (Mateus 19:16ª22)



Atravessando, Jesus, a cidade de Jericó avistou Zaqueu, empoleirado sobre uma árvore e logo lhe disse: Zaqueu, desce daí depressa, porque me convém hospedar em sua casa. Zaqueu mais que depressa desceu da árvore e foi recepcionar Jesus em sua casa; Zaqueu num gesto voluntário propôs distribuir entre os pobres a metade de seus bens, e restituir quadruplicado, alguém que porventura houvesse defraudado, não porque fosse bonzinho, mas esta era a lei de Moisés. Já ouvi muitos pregadores dizerem que Zaqueu era ladrão, eu entre tanto nunca percebi que a bíblia oferecesse algum respaldo para isso! Se  pelo fato de ser ele, um cobrador de impostos, Mateus (Levi) também era e nunca ouvi qualquer  pregador dizer: “vamos abrir a bíblia no evangelho segundo o ladrão Mateus”. Se nalguma coisa Zaqueu fosse devedor, Jesus saberia, pois o chamou pelo nome já na primeira vez que o viu; Zaqueu com o coração sincero e altruísta demonstrou que não era apegado ao dinheiro, embora fosse rico! Testemunhou a quem possa interessar que o seu Deus não era Mamom, o dinheiro. (Lucas 19:1ª10)




DINHEIRO: BENÇÃO OU MALDIÇÃO ?


O rei Salomão, que governou o povo de Israel por quarenta anos em Jerusalém, foi o homem mais rico da terra. A sabedoria que pediu a Deus e lhe foi concedida, também lhe proporcionou fama e imensurável riqueza, ao ponto de formar um harém, desposando setecentas mulheres somadas a trezentas concubinas, cadastradas. A sua sabedoria lhe trouxe tudo isso e muito mais, entretanto o seu dinheiro foi o responsável, dissimuladamente, pela sua derrocada e divisão do seu reino. As mulheres que foram por ele desposadas, por causa do seu dinheiro com toda certeza, o levaram a abandonar o verdadeiro Deus que o abençoou em tudo, para servir a outros deuses do panteão profano.
Os mais estudiosos da Bíblia, afirmam que existem duzentos e quinze versículos que falam de fé; duzentos e dezoito que falam de salvação e dois mil e oitenta e quatro que falam sobre dinheiro, dada a importância relevante quanto ao discernimento no momento da escolha entre: Deus e Mamon.



Mateus 6:24



24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.



FAMÍLIA  X  DINHEIRO



Na minha juventude, conheci um senhor no meu ambiente de trabalho, éramos colegas, ele muito trabalhador, além da rotina do trabalho diário, nos finais de semana ele trabalhava como fotógrafo, fazendo registros em batizados, casamentos, aniversários ou qualquer outro evento, a fim de aumentar a sua renda ao final de cada mês; Sua esposa também trabalhava fora, para juntos garantirem um melhor padrão de vida para os seus três filhos: dois meninos e uma menina, a menina era a do meio. No decorrer dos anos, o filho mais velho formou-se em advocacia e casou-se; época em que o meu colega aposentou-se e comprou uma barraca de doces e bolacha, se tornando feirante. Ocasião em que já havia conquistado alguns bens: a casa própria em que moravam e mais uma chácara para recreação, quando possível. Sua filha acaba se apaixonando por um rapaz, que depois vieram saber era usuário e traficante de drogas e já havia viciado a sua filha, que por sua vez estava iniciando o irmão menor ao vício!
Diante de uma situação vergonhosa e constrangedora, meu colega decidiu mudar-se da cidade com a sua mulher.
A sua filha com o namorado decidiram sair do país e foram para a Colômbia, seu filho caçula foi morar na chácara, onde reunia com seus amigos para os fins de semana de orgias e uso deliberado de drogas; até que num determinado dia o seu filho mais velho foi à chácara e deparou com o irmão drogado entre muitos amigos, houve calorosa discussão quando o irmão mais velho sacou uma arma desferindo disparos contra o irmão mais novo, que tombou sem vida na casa da chácara. Meu colega ganhou muito dinheiro e perdeu toda a família; vitimas de pai e mão ausentes, que se ocuparam a vida toda com o trabalho para propiciar vida melhor aos seus filhos. Foram escravizados pelo dinheiro e nem sequer, lembraram-se  de Deus! Deus negou ao homem no Éden: o relógio e o dinheiro; o homem por si mesmo os criou e tornou-se escravo deles!



1ª Timóteo 6:9,10

9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e si mesmos se atormentaram com muitas dores.



RIQUEZA X PROSPERIDADE



Há um grande número de pessoas que confundem pobreza com humildade e riqueza com prosperidade; nem todo pobre é humilde, conheço pobre que é soberbo como se fosse rico! Conheço também pessoas muito ricas que são exemplos de humildade. Mas vamos falar de riqueza e prosperidade:
O rico tem sobra de dinheiro e por isso faz os seus investimentos com diligência e consegue dividendos relevantes, ampliando cada vez mais o seu patrimônio. Mas nem tudo pode ser comprado com o dinheiro, como por exemplo: com o dinheiro nós compramos remédio, mas não podemos comprar a saúde, e como o próprio nome diz: o remédio remedeia não cura, quem cura é Jesus! Com o dinheiro nós compramos alimentos, mas não podemos comprar apetite, com o dinheiro nós compramos segurança, mas não podemos comprar a paz; com o dinheiro nós podemos comprar muito conforto, mas não podemos comprar a felicidade; com o dinheiro nós podemos comprar muitas coisas belas que despertam admiração aos olhares de todos, mas também nós ficaremos restrito apenas a contemplação, embora seja possuidor de tudo!
Quanto a prosperidade, implica em nós não termos falta de nada, embora não tenhamos sobra de dinheiro.
O dinheiro, quando se tem sobrando, nos obriga a fazermos investimentos que resultará em dividendos, aumentando assim a sobra, que exigirá de nós novos investimentos nos colocando num ciclo interminável de ocupação durante toda a nossa vida! Com certeza não é isso que queremos, nos submetermos como servos sob o senhorio do dinheiro!



1ª Timóteo 6:7

7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.



Eclesiastes 5:15

15 Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo.



CONCLUSÃO

A riqueza além de trazer a sensação de superioridade sobre as outras pessoas, exacerba o nosso orgulho próprio, e trazem também saciedade à concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida, peculiaridades inerentes a natureza humana, que limitam o homem a uma vivência alienada a carnalidade.
Os afortunados, equivocadamente, se consideram auto-suficientes, acreditando que com o seu dinheiro podem comprar tudo para satisfazer os seus desejos, sejam eles os quais forem!
O perigo é esquecer-se de Deus, que tem o domínio e a soberania sobre tudo e sobre todos, achando que nem mesmo dele dependemos; A bíblia traz uma revelação no livro do profeta Daniel, capítulo quatro, de um rei chamado Nabucodonosor, que costumava discursar sobre o seu grande poder e autoridade, até que Deus o colocou para pastar junto aos animais, a fim de que ele pudesse aprender que o seu conhecimento e suas possessões, não lhes eram o bastante para fazê-lo todo poderoso;   interessante é que o próprio rei ao reconhecer isso, fez a narrativa do seu próprio testemunho!
O homem rico deseja notoriedade, uma presença diferenciada entre os outros, através de ostentações quanto a sua maneira de vestir, com seus adereços e assessórios, satisfazendo o seu ego individualista, criando em si mesmo um estereótipo de homem rico.



Filipenses 4:11ª13,19



11 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12 Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
13 Tudo posso naquele que me fortalece.

19 E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.



ORAÇÃO



Salmos 19:13

13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.


OFERTA DE EXCELÊNCIA

     Sumário
   Prefácio.................
   Oferta ou lobby ?.......
   O preço da benção.....
   Oferta anatematizada.....
   Oferta pretenciosa.......
   Oferta de excelência....
   Conclusão...............
  Oração..................




Prefácio:
Deus, desde a criação do homem, alimenta a expectativa de que a sua criatura lhe cultue adoração e ações de graça em reciprocidade ao seu grande amor.
Depois da queda do homem, no jardim do Éden, Deus demonstrou a maior expressão de amor por ele; levando o que tinha de mais precioso, seu único e amado filho, ao sacrifício expiatório na cruz do Calvário; para reconciliar o homem consigo mesmo. Deus no seu grande amor pelo homem, tem buscado comunhão com ele, criando ocasiões e oportunidades para estarem juntos. O homem, entretanto, parece não dar conta disso. Deus como um pai, que no dia dos pais espera um presente do filho, mesmo sabendo que o presente é comprado com o seu próprio dinheiro (1ª Crônicas 29:14b), espera do homem uma manifestação recíproca de amor de um filho para com o seu Pai.

Provérbios 23:26
26 Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.

Porque Deus pede o coração, aos seus filhos? Certamente para receber a oferta de excelência, pois o coração do homem está atrelado ao seu tesouro, e ofertando o seu coração, ofertará com ele o seu melhor ao Pai.

Mateus 6:21
21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Oferta ou  Lobby  ?                                                                                                        

  Os anais da história registram um tempo em que a  igreja estabeleceu escala de valores em dinheiro para  que os fiéis pudessem pagar as suas dívidas, contraídas através da prática deliberada de pecados cometidos contra Deus, mesmo sabedores que o salário do pecado é a morte.

Romanos 6:23
  23  Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

A igreja permitia ainda ao interessado, a aquisição de cartas de indulgências para crédito a serem debitados em ocasiões vindouras. Com isso a igreja enriquecia financeiramente e o inferno crescia demograficamente. A devassidão era notória  entre os fiéis, principalmente entre os endinheirados; o pobre, coitado, tinha  que liquidar suas contas no limbo do purgatório, local criado pelos clérigos, para intimidar os fiéis, e para onde as autoridades encaminhavam os inadimplentes. O diabo, ainda hoje, não desistiu dessa idéia e tem procurado convencer o homem de que a prática profana das indulgências poderão livrar a sua alma do inferno. No Antigo Testamento as leis que normatizavam as oferendas eram cinco, a saber: oferenda pelo pecado, oferenda pela culpa e oferenda de holocausto, essas eram as obrigatórias; enquanto que as oferendas de manjares e as pacíficas eram voluntárias. ( Levítico capítulo 4 ao 7 )

Na dispensação da graça ( Novo Testamento ) são duas as maneiras de ofertar voluntariamente:
1ª) Para aqueles que ainda não têem familiaridade com a palavra de Deus e por isso ainda não se tornaram dizimistas.
2ª) Para aqueles que são fiéis dizimistas e muito se alegram em ofertar.

Costumo dizer que as contribuições voluntárias das ofertas, são privilégios dos dizimistas.

O preço da benção:

Os fiéis, menos familiarizados com a Palavra de Deus, são influenciados através de técnicas persuasivas a ofertarem até o que não têem; são orientados a se comprometerem com cheques pré-datados e muitas vezes a deixarem de saldar os seus compromissos financeiros, para ofertar.
Deus nunca esteve interessado na oferta do homem e sim no próprio homem.

Miquéias 6:7,8
7  Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de Azeite ? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma ?
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.


O perdão que nos abre os portais da glória, não se compra com dinheiro, e no demais, já foi pago na cruz do Calvário.

1ª Pedro 1:18,19
18 Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como  prata ou ouro, que fostes resgatados da  vossa vã maneira de viver que  por tradição recebestes dos  vossos pais,
19 Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

Colhemos o que plantamos é verdade também na área financeira, mas não na proporção da semeadura, mas da solicitude, pois se assim fosse, somente os abastados financeiramente seriam privilegiados com a generosa colheita. Deus olha para o coração e não para o bolso do ofertante, Deus quer nossa obediência, não o nosso dinheiro somente.

  Lucas 21:2,3
 2 E viu também uma pobre viúva lançar alí duas pequenas moedas;
3  E disse: em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; 

Ageu 1:5,6
  5 Ora pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos caminhos.
6 Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestí-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe salário num saco furado.

Mateus 5:23,24
  23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, alí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
                                                                  
Oferta anatematizada:

Deus não recebe a oferta do rebelde.
Todo homem desobediente, é por natureza rebelde e Deus abomina a rebeldia; pois a rebeldia é uma questão  de princípios e não de  atitudes, apenas. Lúcifer foi o primeiro rebelde no  universo de Deus e todo  rebelde é seguidor dele, afrontando a autoridade de Deus.

Mateus 21:28a31
28 E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
29 Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi.
30  Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.
31 Qual dos dois  fez a  vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus; em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de deus.


Gênesis 4:3a5a
3 Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do  fruto da terra  uma oferta ao Senhor.
4 Abél, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho  e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de abel e de sua oferta;
5 ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.

Deus não estava olhando para o valor das ofertas, nem pelo grau de dificuldades em ofertar; mas para a integridade do coração do ofertante.
São inumeros os exemplos, nos quais Deus não se  agradou das ofertas quando olhou para o coração do ofertante. O importante da oferta não é o  valor atribuido a ela; mas a espontaneidade e a singeleza do coração do ofertante.

1ª Samuel 15:22
22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é  melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.

Salmos 51:16,17
16 Pois não te comprazes em  sacrifícios; do contrário, eu os daria; e não te agradas de holocaustos.
17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido  e contrito, não o desprezarás, ó Deus.

1ª Coríntios 9:7
7 Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria,
                                                                   
Oferta pretenciosa:

A nossa oferta deve primeiramente agradar a  Deus; mas na maioria das vezes queremos  agradar  a nós mesmos e que Deus se agrade em nós. A nossa oração ao invés de ser: seja feita a tua, e não a minha vontade; tem sido: seja feita a tua vontade, se estiver em concordância com a minha.
Queremos ser deus do nosso Deus! Assim nunca poderemos agradá-Lo; a nossa prepotência agride a  autoridade e soberania de Deus.
Vivemos dias proféticos, que prenunciam o iminente arrebatamento da igreja de Jesus Cristo;  e sómente  o diabo quer que não nos apercebamos disso, e para nos desfocar, tem usado uma arma de grosso calibre, que se chama: Mercado de Consumo.
Ocupamos a nossa mente e todo o nosso tempo, ilusionados pelo consumismo, parecemos crianças hipnotizadas em loja de brinquedos, querendo abraçar tudo quanto alcançarmos.
A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida são áreas de vulnerabilidade ao pecado, inerentes à natureza humana; E o que é pior, o diabo sabe disso, e é por ai que ele lança os seus dardos inflamados, procurando nos atingir.

O modernismo com suas vitrines, expondo muito conforto e bem-estar, acabam envolvendo o homem ao trabalho excessivo, afim de proverem recurso para adquirirem o que julgam ser necessário; Esta estratégia já foi usada por satanás nos primórdios da história do povo de Deus, quando estavam  escravizados no Egito, tiveram seus trabalhos  redobrados para não alimentar pensamentos de possível rebelião que os levassem a libertação, do jugo faraônico. (Êxodo 5:6a14)
O inimigo deseja que, de alguma forma nos esqueçamos das promessas de Deus, e envolvidos com a secularidade, vivamos afastados e consequentemente em desobediência à sua palavra; para quando ofertarmos, Deus não se agrade da nossa oferta.
O trabalho realizado em condições sobre-humanas, tendem a levar o homem ao estresse, e perder o foco das coisas  de Deus, levando-o a divorciar-se  da prática da Palavra.
Ao oferecermos a Deus, o fruto do nosso trabalho, em gratidão e  reconhecimento pela graça e provisão a nós concedida; devemos observar, se realmente não existe nada que obstrua o nosso relacionamento com Ele; como foi o caso das ofertas de Saul, Hofni e Finéias.

1ª Samuel 13:13,14
13 Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não guardar o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; pois teria, agora, o Senhor confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
14 Já agora não  subsistirá o teu reino.
O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te Ordenou.

1ª Samuel 2:13,14,17
13 Pois o costume  daquele sacerdote com o povo era que, oferecendo algum sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes na mão;
14 e metia-o na caldeira, ou na panela, ou no tacho, ou na marmita, e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para-si; assim se fazia a todo o Israel que ia alí, a Siló.
17 Era, pois, mui grande o pecado destes moços  perante o  Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor.

 Oferta de excelência:

Quando presenteamos alguém, fazemos isso voluntariamente, com alegria e satisfação em nosso íntimo. Procuramos demonstrar através do  valor do presente; o nosso aprêço e admiração pela pessoa presenteada; ficamos felizes  quando a pessoa recebe o presente de  bom grado, demonstrando sensibilidade pelo nosso gesto amigo. Nessa troca de cortesia e sentimentos é  que se estabelece a comunhão entre duas pessoas. Assim devemos estabelecer a nossa comunhão com Deus, ofertando a Ele o nosso melhor presente, demonstrar que o amamos e queremos presentea-Lo com o melhor que pudermos, no reconhecimento de que tudo quanto temos, provém dele.

1ª Crônicas 29:14
14  Porque quem sou eu, e quem  é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas ? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.

Conclusão:

A igreja, noiva de Cristo, não deve proceder como a mulher casada que trabalha fóra e quer administrar  individualmente o seu salário,  como se estivesse casada com separação de bens. O casamento com Jesus é celebrado com a comunhão de bens, portanto os bens e a administração deles são comuns ao casal. Queremos tudo e do melhor de Jesus, mas o que julgamos ser nosso não queremos dividir com ninguém, nem com Jesus. Esquecemos que nos entregamos a Jesus, que demos voluntariamente a ele o nosso coração, a nossa vida, portanto não somos de nós mesmo, a ele pertencemos e o que temos já não é mais nosso, estamos juntos e misturados. A Jesus tudo pertence (João 1:1 a 3). O fato de sermos seu mordomo não nos dá direitos de apropriação indébita, devemos sim aprender que ele multiplica aquilo que dividimos. A distribuição de rendas no Reino de Deus deve ser a mais igualitaria possível, para aquele que colher em abundância não haja sobras e o que colher em escasses não tenha falta! (Atos 2:45E). Existe varias doutrinas a respeito de ofertas, os dinheiristas e os máus administradores eclesiásticos defendem  uma teoria equivocada de que a oferta voluntária deve ser igual ou maior que o valor do dízimo, sem nenhum respaldo bíblico para isso. 
No Velho Testamento, haviam as ofertas de sacrifício e eram obrigatórias, as quais Jesus se fez oferta por nós, na cruz  do Calvário e não há mais necessidade  delas; as ofertas voluntárias continuam sendo espontâneas quanto a periodicidade e valores quando ofertarmos em dinheiro.
Que fique bem claro: dízimo é obrigatório, com valor estabelecido, 10% de tudo quanto nos é posto à mão; oferta é um presente que  oferecemos a Deus, quando quizermos e quanto pudermos. Deus em hipótese alguma usará de força e muito menos de violência para desrespeitar o livre-arbítrio que Ele mesmo concedeu ao homem. A escolha é sempre por nossa conta e risco!

Oração:

1ª Samuel 16:7
7  Porém o Senhor disse a Samuel: Não atente para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.