Por favor, dona Tereza
vem depressa arrumar a mesa
deixa essa cara amarrada
me traz um bife à milanesa
e um prato de macarronada
traz também o queijo ralado
e um suco de uva, bem gelado
e de sobremesa pudim de leite
condensado.
Arma a rede na varanda
pra eu tirar o meu cochilo
e no embalo desta rede,
como faz o crocodilo
se aquecendo na areia
mas sem dar qualquer vacilo
E quando eu acordar,
vou vazar deste lugar
satisfeito e agradecido
por ser muito bem servido,
pelo bife à milanesa
e o macarrão à bolonhesa
E volto logo, com certeza
pra rever dona Tereza
e saborear um frango assado
na cerveja
e um macarrão com bacon e
calabresa. Que beleza!!
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Já chamaram a minha senha
pra me apresentar na glória
Jesus Cristo me espera
com a coroa da vitória
Vai haver festa nos céus
as trombetas vão soar
vou deixar muita saudade aquitem alguém que vai chorar
Um a um vamos chegando
para as bodas do cordeiro
muitos são os convidados
Abel, chegou primeiro
Vou fazer o meu check-out
e agilizar a minha partida
já estou de malas prontas
para a minha despedida
É o curso desta vida
e não há quem intervenha
você também vai se apresentar
ao chamarem a sua senha.
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Rio de Janeiro, cidade do tiroteio
nos morros e nas avenidas
o que mais se vê
são vítimas de balas perdidas
bala que mata o bandido
mata também a polícia
bala que mata gente, inocente
mata também a milícia
Vítimas da mesma violência
será a corrupção ?
ou a incompetência ?
ou até mesmo a demência
da falta de transparência
pela conveniência
de quem poderia e deveria
tirar a sociedade da iminente falência
A culpa é do traficante ?
ou da incontinência ?
mas ele também é vítima da negligência
das autoridades, que não tem consciência
e mantém os usuários na total dependência
fazendo reféns sem nenhuma clemencia
de quem é torturado pela abstinência
que lutam em desvantagem pela sobrevivência
Um sistema alimentado pela falta de prudência
de quem sustenta o tráfico sem medir consequência
droga, é vicio da elite que não tem inteligência
mas é a sociedade, que com paciência
sofre traumas provocados pela truculência
na esperança que essa guerra termine com urgência
que o Cristo feche os braços num abraço de indulgência
e que o Rio de Janeiro viva a sua independência !
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Desencana malaco
Que eu não gosto de puxa-saco
Quem tem badalo é sino
e recebe badalação
Quem leva recado é menino
quem recebe recado é rufião
Quem bajula homem é cretino
quem puxa-saco é lambão
Desencana malaco
Que eu não gosto de puxa-saco
O puxa-saquismo é atestado
da falta de capacidade
De quem só vive mentindo
e distorcendo a verdade
Vive fazendo fofoca
e jurando fidelidade
É um traidor sem caráter
escória da sociedade
Desencana malaco
Que eu não gosto de puxa-saco
O puxa-saco é nojento
falso e enganador
repugnante e soberbo
imoral e bajulador
Mas o puxa-saco se esquece
que um dia aqui tudo vai acabar
E pra onde forem os puxa-saco
Não haverá saco pra puxar.
Desencana malaco
Que eu não gosto de puxa-saco
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Tem salame fatiado,
Queijo prato e mortadela,
se não for do seu agrado,
tem presunto e muçarela.
Também tem presunto parma
provolone e salsichão
provolone e salsichão
Tem copa e tem rosbife
É só escolher o pão,
Pra fazer o seu sanduiche
Pra beber: tem guaraná
Tem fanta e coca-cola
Tem suco natural
de laranja e de acerola
Tem água mineral
Suco de limão e carambola
Tem também café com leite
Tem chá mate e chocolate,
Tem suco de morango
de mamão e de abacate
Fique bem alimentado
Com o seu lanche frio ou quente
Até logo e obrigado
Passe bem e volte sempre!
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Tem bicão na minha festa
que caiu de paraquedas
veio com o serrote afiado
mesmo sem ser convidado
Penetrou na cara dura
sem nenhuma cerimônia
e foi logo me abraçando
vejam só que sem vergonha
não me trouxe nem presente
isso já é coisa seria
trouxe só a boca grande
e a barriga na miséria
vai comer e vai beber
e vai querer levar pra casa
sai fora malandragem
enche a pança e vê se vaza
acerta o prumo e pega o rumo
boa viagem e pé na estrada
vai brilhar sua purpurina,vai
lá na festa da “parada”
*************************
Quem quiser me ver, que venha
eu não saio mais de casa
já queimei a minha lenha
o que restou agora é brasa
venha quando desejar
pode ser em qualquer dia
meu prazer e te hospedar
com muita paz e alegria
Eu vou remando sossegado
e a favor da correnteza
hoje estou aposentado
e a minha vida é uma beleza
estirado na areia
como faz um crocodilo
eu vou me aquecendo ao sol
mas sem dar nenhum vacilo
Muitos anos se passaram
eu me tornei um velho ranzinza
não atice a minha brasa
pois vou acabar virando cinza
Mas quem quiser me ver, que venha
eu não saio mais de casa
moro no mesmo endereço
a cidade é Sorocaba
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Tem bicão na minha festa
que caiu de paraquedas
veio com o serrote afiado
mesmo sem ser convidado
Penetrou na cara dura
sem nenhuma cerimônia
e foi logo me abraçando
vejam só que sem vergonha
não me trouxe nem presente
isso já é coisa seria
trouxe só a boca grande
e a barriga na miséria
vai comer e vai beber
e vai querer levar pra casa
sai fora malandragem
enche a pança e vê se vaza
acerta o prumo e pega o rumo
boa viagem e pé na estrada
vai brilhar sua purpurina,vai
lá na festa da “parada”
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Quem quiser me ver, que venha
eu não saio mais de casa
já queimei a minha lenha
o que restou agora é brasa
venha quando desejar
pode ser em qualquer dia
meu prazer e te hospedar
com muita paz e alegria
Eu vou remando sossegado
e a favor da correnteza
hoje estou aposentado
e a minha vida é uma beleza
estirado na areia
como faz um crocodilo
eu vou me aquecendo ao sol
mas sem dar nenhum vacilo
Muitos anos se passaram
eu me tornei um velho ranzinza
não atice a minha brasa
pois vou acabar virando cinza
Mas quem quiser me ver, que venha
eu não saio mais de casa
moro no mesmo endereço
a cidade é Sorocaba
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